Saiu a
notícia de que a BR, no trecho em que atravessa a cidade vai ter, finalmente,
ondulações transversais. Esse é o termo técnico usado pelo CONTRAN para
designar os quebra-molas, ou lombadas. O curioso é que lá pelas tantas – na
mesma ordem de serviço, ou portaria, que regulamenta ditas ondulações
transversais – o órgão disciplinador do tráfego determina que seja fixada
sinalização com a palavra “saliência” ou a palavra “lombada”...
Sei que
muita gente que anda de carro não gosta de quebra-molas, tanto que na cidade de
Caxias do Sul elas foram retiradas, alguns anos atrás. Em Galópolis, eles
continuaram (se não erro na conta são cinco ao todo), por decisão judicial
impetrada pelos moradores do lugar. E se não estou equivocado, não houve mais
nenhum atropelamento nesse trajeto.
Pois a
cidade de Caxias do Sul, com atropelamentos quase diários na BR, além de não
ter conseguido a mordomia das passarelas – que só beneficiam a Grande Porto
Alegre – estava proibida de ter até mesmo as prosaicas lombadas, ou quebra-molas,
ou saliências, ou ondulações transversais.
As lombadas
só apresentam dois problemas: o de chegarem tarde e o de serem ainda em pequeno
número. Desde o tempo de Montaigne, o bom senso indica que as cidades existem
para as pessoas viverem nela, e não para serem atropeladas pelas carruagens.
Foram-se as carruagens com seu par de cavalos a galope, e entraram em cena
carros com dezenas de cavalos cada um, em louca disparada.
Bem vindas
as lombadas.
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